FORNINHO DE PAPEL – uma instalação –



O desejo de construir um Forninho de papel é sempre maior do que as conseqüências que ele possa nos trazer. Então para minimizar alguns destes inconvenientes devemos seguir algumas regrinhas básicas que dividirei com vocês. Escolha um lugar para montar o forno que seja plano, não muito úmido, longe de árvores e vegetação seca. Este foi feito na área interna do CEMUNI IV, a experiência foi fantástica e com um pouco de tranqüilidade ao controlar o fogo poderemos obter uma queima de redução - queima com pouco oxigênio - mais demorada com excelentes resultados de efeito nas peças e diminuição na produção de fumaça.

1° Construir uma base quadrada de tijolos, e sobre esta uma segunda base com espaçamento em cruz vazada onde será preenchido com carvão e gravetos.

2° Polvilhar caulim ou chamote - pedaços de cerâmica moídos e reduzidos a pó - sobre a superfície da segunda base, e sobre a mesma posicionar as peças cerâmicas biscoitadas e previamente revestidas com óxidos e/ou carbonatos – caso deseje alguns efeitos extras de texturas e cores -, com bastante atenção na arrumação para que durante o processo de retração – encolhimento - das mesmas, elas não se quebrem ou colem.

3° Colocação cuidadosa dos gravetos e pequenas madeiras em todos os espaços disponíveis ao redor e entre as peças após isso construam uma espécie de tenda em volta desta base com madeira de diversos tamanhos e espessuras. Sempre no sentido de dentro pra fora, das menores para as maiores. Amarre bem.

4° Enrole uma tela de metal, com firmeza, por toda extensão e comprimento das toras, a qual dará estrutura à parede de papel. Fixar uma lata sem fundo, no alto do forno, para servir como chaminé.

5° Colocação das folhas de papel molhadas em barbutina - barro líquido – pode ser folhas de jornal ou de revistas por toda a superfície da tela, com o mínimo de dez camadas, pois quanto mais camadas melhor temperatura se obterá.

6° Atear fogo pelas quatro aberturas da base simultaneamente. Fechando-as somente após certificar-se que o fogo realmente permanecerá aceso.

Deixar queimar até que toda a madeira tenha se tornado cinzas.

Depois que tudo estiver esfriado, de preferência no dia seguinte pode-se analisar o que sobrou por entre as cinzas.



ORIENTAÇÃO: Dra. REGINA RODRIGUES
COLABORAÇÕES: SUANE QUEIRÓS; VANIA TOREZANI; FERNANDA RODRIGUES; GLAUCIONE COSTA; THOMMY SOSSAI; DIEGO SCARPARO; TURMA DE CERÂMICA II 2006.
FOTOS: ALINE VALADARES; SUANE QUEIRÓS; FERNANDA RODRIGUES.
EDIÇÃO DE FOTOS: PENHA SCHIRMER

Comentários

  1. vania torezani12:53 PM

    Que boa lembrança essa experiencia do forninho de papel...saudades da turma, da sala, da ceramica, da UFES...

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